quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Primeira visita



Isabel

Querida Amiga,

Ontem, apenas depois de Lhe enviar o mail E A Vida Continua e após um alerta que recebi para o Seu novo blogue Pintada de Fresco dele me dei conta e tentei nele introduzir um comentário, o mail referido atrás mas não consegui inscrever-me com sucesso nem postá-lo junto com a Sua primeiríssima página de arranque.

Já tive ocasião de Lhe escrever que nestas coisas da net também eu sou um iniciado e nalgumas delas, completamente iliterato!

Adorei ver as coleguinhas, desculpe-me o à vontade mas também eu sei o que isso é, no cantinho do castigo a prevaricar ansiosas de um fumaço e quando cantinho não há outro, pois então, à porta da escola, seria (!?), na legitimidade do acto e à frente de todos pois que se legítimo ele é, todos a ele ficam expostos já que a vida, lição maior, é também a exposição e a assumpção dos riscos no irremediável, incontornável confronto com eles!

Também no incontornável da assumpção das nossas fraquezas pois que de super-homens, homens e mulheres, está o inferno cheio!!

Olhe, minha Amiga, logo aqui, que matéria densa, complexa, de reflexão pedagógica!!!

Se alguma ironia há naquilo que escrevo, ela resulta, não só da cumplicidade que Convosco, do acto, partilho mas ela esconde, de facto, matéria riquíssima de reflexão, num tempo de fobias fundamentalísticas que por vezes roçam a paranóia pura e simples ...

Quereis fazer da humanidade, óh laicos purificadores (!!!), uma espécie sem vícios e sem prazer, na ante-câmara de um paraíso terráqueo!?

Deixando à porta, da escola e tomasse-se esta pelo paraíso (!?), os conspurcados do tabaco!??

Ali, apontados a dedo e de castigo, olhados de viés e desconfiadamente!???

Onde vai o tempo em que se fumava o cachimbo da paz?

Como nos poluem a ansiedade e o stress sem ver neles uma correlação com essa doentia ânsia de purificação?

Onde está a Paz?

Começou muito bem, minha querida Amiga, nesta nova fase pintada de fresco!

Eu é que, incapaz de aceder à Sua caixa de comentários, acabo de decidir continuar a escrever-Lhe assim, em diálogo íntimo Consigo, com Sua irmã e minha mulher, deixando ao Seu alto critério a decisão do que fazer com os meus textos.

Desculpe-me!

Apresente, da minha parte, os meus respeitos a todas a que registadas foram na fotografia, às ausentes também, a Sua irmã e por maioria de razão a Si própria.

Disponha sempre, Seu

Jaime Latino Ferreira

1 comentário:

Branca disse...

Olá Isabel,

Subscrevo e aplaudo este texto na totalidade. O Jaime, estava inspirado. Muito profundo e com muita matéria de reflexão.

Deixo um abraço.
Branca