domingo, 5 de julho de 2009

TIC



Mais um fim de semana que passou.
Se tudo correr bem, no dia 16, termino.
Como se tornou insustentável a situação na escola, para dar aulas, por causa das obras, mudaram-nos para uma das EB1 do Agrupamento.
Tirando o facto de termos mesas e cadeiras baixinhas, próprias para as crianças que a frequentam, até não estamos muito mal.
Temos salas airosas, espaço, computadores, boa localização, etc...etc...
É só por duas ou três semanas.
Nas minhas duas turmas EFA4 e EFA7, só vamos precisar de data show. Cada aluno vai apresentar o seu trabalho, a propósito da diversidade de temáticas, associadas à sustentabilidade do planeta.
Prometi aos meninos da EFA4 guardar 2 ou 3 aulas para passar um filme sobre a pena de morte e debatermos a questão. Sem pressões de realizar trabalhos ou outra coisa qualquer.
Eu gostaria de, extra qualquer relação formal professor-aluno, os ensinar a reescrever os mails que recebo (deles ou de outros) de alunos para tratar de trabalhos ou outros assuntos.
São escritos sem a preocupação de redigir frases correctas ou completas.
A mensagem passa mas não basta.
Gostaria de lhes explicar que é o treino diário com a língua portuguesa que faz com que deixemos de ter medo do papel (écran) em branco.
Gostaria de lhes explicar como é fácil escrever frases simples e claras; bastando para isso que se tenha algum cuidado com as normas mais elementares de pontuação.
Os mails são uma forma como outra qualquer de manter activa a correcção da língua escrita.
Acharam que é uma boa ideia e é o que faremos, para encerrar o ano, já extra-lectivo.
Hoje, fica mais um trabalho que me chegou via email, neste fim de semana.
É a vantagem da utilização das TIC; ultrapassam-se barreiras espaciais.
Sem perda de tempo.
Com eficácia.

Valores Universais
Lurdes EFA7



1 comentário:

jaime latino ferreira disse...

ESCREVER MAILS


Essa coisa de escrever um mail ou uma carta com pés e cabeça pode ser extra-lectivo mas é, por demais, pró-lectivo!

Pró-lectivo e pró-activo já que, quem não escreve bem, dificilmente, no sentido de raciocinar, verá bem.

É esse um dos calcanhares de Aquiles do ensino em geral, esse e o cálculo mental, aliás, intimamente associados!

Quem não saiba calcular também não raciocina convenientemente e a estas duas vertentes acrescentar-lhes-ía a ausência de uma educação musical básica sistemática, ponte entre os dois, o cálculo e a escrita e sua fusão no espaço como no tempo.


Como escrever
sem o invento
do cálculo
que na música
sinto e tento
contar
no que a cantar
assim sustento


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 6 de Julho de 2009