Passado um ano, volto aqui.
Não sei bem para que poderá servir este blogue, agora que estou afastada da escola, de baixa pela Junta Médica. Agora que tendo a ser ex-professora.
Quando criei este blogue, num momento em que me parecia que ia ser capaz de regressar à normalidade, tinha intenção de publicar trabalhos dos meus alunos da noite e material que eu fosse produzindo.
Serviria para mim ou para outros que os quisessem utilizar.
O título pareceu-me adequado. Ainda me parece simpático e custa-me abandoná-lo.
Já pensei muitas vezes fechá-lo...
Mas que fazer dele? Vir aqui uma vez por ano!
É no outro, da Casa da Venância, que continuo concentrada.
Tenho a vida em suspenso.
Acho que não regressarei à escola.
Ainda não decidi o que fazer ... se é que alguma coisa posso fazer.
Durante 36 anos servi a escola. Como uma segunda casa.
Servi os meus alunos. Quase como filhos adoptivos.
E agora?
Depois desta tempestade que foi a morte do meu filho?
Acompanhei-o durante 24 horas, durante 18 meses ... na esperança, no desânimo, na tentativa de viver cada dia, na morte dele ...
Fiquei sem forças.
Até pensar é doloroso ...
De certa forma, fechei-me em casa. É o meu refúgio; o meu abrigo.
Uma forma de evitar encontros.
A vida lá fora pouco me diz.
A escola, onde vou, às vezes, é um sítio barulhento e confuso. Encolho-me, ao passar nos corredores!
O tempo de intervalo é curto. Não chego a ter uma conversa completa com os colegas. E saio com a sensação de ser um corpo estranho, naquele ambiente.
Não vou regressar. Para sair daqui a três anos? Sair pela "porta do cavalo"?
Não posso. Não o mereço!
E este blogue?
Enquanto não decido se o fecho ou não, talvez lhe mude o visual; talvez aqui ponha músicas, talvez aqui ponha os meus cachecóis, as minhas golas; talvez poemas ...
Vou tentar.
Não sei bem para que poderá servir este blogue, agora que estou afastada da escola, de baixa pela Junta Médica. Agora que tendo a ser ex-professora.
Quando criei este blogue, num momento em que me parecia que ia ser capaz de regressar à normalidade, tinha intenção de publicar trabalhos dos meus alunos da noite e material que eu fosse produzindo.
Serviria para mim ou para outros que os quisessem utilizar.
O título pareceu-me adequado. Ainda me parece simpático e custa-me abandoná-lo.
Já pensei muitas vezes fechá-lo...
Mas que fazer dele? Vir aqui uma vez por ano!
É no outro, da Casa da Venância, que continuo concentrada.
Tenho a vida em suspenso.
Acho que não regressarei à escola.
Ainda não decidi o que fazer ... se é que alguma coisa posso fazer.
Durante 36 anos servi a escola. Como uma segunda casa.
Servi os meus alunos. Quase como filhos adoptivos.
E agora?
Depois desta tempestade que foi a morte do meu filho?
Acompanhei-o durante 24 horas, durante 18 meses ... na esperança, no desânimo, na tentativa de viver cada dia, na morte dele ...
Fiquei sem forças.
Até pensar é doloroso ...
De certa forma, fechei-me em casa. É o meu refúgio; o meu abrigo.
Uma forma de evitar encontros.
A vida lá fora pouco me diz.
A escola, onde vou, às vezes, é um sítio barulhento e confuso. Encolho-me, ao passar nos corredores!
O tempo de intervalo é curto. Não chego a ter uma conversa completa com os colegas. E saio com a sensação de ser um corpo estranho, naquele ambiente.
Não vou regressar. Para sair daqui a três anos? Sair pela "porta do cavalo"?
Não posso. Não o mereço!
E este blogue?
Enquanto não decido se o fecho ou não, talvez lhe mude o visual; talvez aqui ponha músicas, talvez aqui ponha os meus cachecóis, as minhas golas; talvez poemas ...
Vou tentar.
1 comentário:
Pois a Isabel fará aquilo que
considerar melhor para si, isso
é que importa.
Um beijinho
Irene
Enviar um comentário