terça-feira, 24 de março de 2009

A par e passo





Aqui, o tempo anda, definitivamente mais devagar.
Só muito raramente acompanha o ritmo das aulas.
Fazendo a síntese das últimas ...
Na semana que passou, tive no meu horário habitual, as turmas habituais, sem desvios de última hora.
Que, às vezes, acontecem.

Na turma EFA2 - Auxiliares - continuámos a analisar e a comentar documentos do M.E. sobre os objectivos da Educação Pré-escolar e quais as funções do Auxiliar de Acção Educativo.
Faremos uma síntese das ideias chave e vamos colocá-las, aqui, quando estiverem prontas. Com esta turma de iniciação, ainda não utilizámos os portáteis na sala de aula.
Isso ficará para o 3º período.
É agradável dar aulas nesta turma e manifestam sempre vontade de colaborar e responder às dúvidas que lhes coloco.
É, aliás, muito agradável dar aulas a estes cursos de adultos, da noite.
Esforço-me por merecer a confiança deles.

Na EFA4 - Geriatria - finalistas, o ritmo é outro. Mais acelerado, na conclusão e aperfeiçoamento dos trabalhos e com maior autonomia.
É a turma com quem trabalho mais frequentemente, ao nível do apoio individual. Têm bastante autonomia, espírito crítico e bom desempenho na pesquisa de informações na net e posterior tratamento dos dados recolhidos.
Apesar de simples, os trabalhos foram realizados por cada um e eu apenas intervim para organizar os diversos items e corrigir a construção sintáctica das frases.

Algumas das opiniões manifestadas, em trabalhos com temas mais controversos, são da total responsabilidade dos alunos.
Continuámos, portanto, com a revisão final de alguns trabalhos apresentados em word e outros apresentados em Power Point (um pouco mais demorados...).
A propósito das notícias na imprensa de um dos dias da semana anterior, surgiu a discussão acerca da pena de morte.
Logo se geraram várias posições... Avisei que teríamos que debater essa questão, um destes dias.
A disciplina chama-se Cidadania... portanto, é elementar que se discutam estas problemáticas actuais e que se abordem, com alguma seriedade e fundamentação de opiniões.
Se houver sugestões de exemplos ou de metodologia a adoptar, agradeço sugestões.
Para já, tenho em vista passar o filme "Dead Man Walking" ou o "Mistic River"; um caso de pena de pena de morte consumada e o outro de (in)justiça feita pelas "próprias mãos" de amigos.
Deixo aqui, hoje, alguns trabalhos já terminados.

EFA4-Eutanásia

EFA4 - Liberdade


Fraternidade


EFA4 - Homossexualidade

Na EFA7, terminámos. Festejámos a aula nº200, na quinta-feira passada. Tivemos bolo de chocolate, feito pela Diana.
A Rosa trouxe o licor dela, caseiro. Desta vez, era de laranja.
Não, não é hábito haver bebidas alcoólicas na escola. Mas tratando-se de alunos maiores de 18 anos e quando se festeja um aniversário, :-)
Depois de tudo organizado, colocarei aqui a listagem de temas abordados e estratégias de aula utilizadas para desenvolver algumas das competências previstas (só algumas...).
Até dói este uso e abuso do termo "competências".
Mas continuam a confundir-se objectivos com metodologias e as tais comp... e outras coisas como os interessantíssimos "critérios de evidência".
Agora, passamos, também nesta turma para o módulo de Cidadania. Serão 4h semanais. Total de 70 horas.

Hoje, temos agendada uma palestra para as turmas de Auxiliar e de Geriatria. São 5 turmas. Os assuntos serão "Envelhecer com qualidade" e "A importância da família na educação da criança".
Depois, se verá como correu e qual a opinião dos alunos.
Acho que vai correr bem.

3 comentários:

Anónimo disse...

CIDADANIA


A temática da cidadania tem muito que se lhe diga e, sobretudo, ela não se pode conter no simulacro da reflexão teórica ou das metodologias que se utilizem já que o exercício é mais vasto, muito mais vasto do que a abordagem contida entre paredes de uma sala de aula, o academismo de que sempre enferma o contexto escolar.

Abordar a cidadania implica a interrogação sobre o papel do indivíduo na Cidade, dos objectivos a que este se propõe e dos meios que utiliza na sua relação com a comunidade, a Cidade, a vertente Política da Cidadania, nas múltiplas e dificilmente somariáveis variáveis que entre si e com o indivíduo interagem.

O exercício da cidadania não é pêra doce, é bom sublinhá-lo e obriga a que o indivíduo se muna de anti-corpos susceptíveis de aguentarem com muito, com falsas ou baixas expectativas sob pena de em pouco tempo este se sentir desmobilizado, incapaz de arcar com os seus custos, de não conseguir nadar a contra-corrente, de não se saber fundamentar e convicto, numa luta tenaz que pode ser, se pode transformar na luta de uma vida inteira e quantas vezes sem o sucesso pretendido.

O exercício da cidadania implica tocar e deixar-se tocar, exercer o diálogo em profundidade e sem evazivas, persistir ou saber dar a mão à palmatória quando caso disso for, ver-se e admitir-se no mestre o próprio aluno e no aluno o mestre sem recurso ao autoritarismo e no exercício aturado da autoridade que implica como o aprofundamento da Democracia elevada ao seu mais nobre estado.

O exercício da cidadania não é mera retórica, mexe connosco e interpela-nos numa reciprocidade que obriga a reconhecer com toda a modéstia que podemos estar, professores ou alunos, completamente errados e a aceitar o desafio de não termos medo de nos expôr.

O exercicio da cidadania tem muito, mesmo muito o que se lhe diga!


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 25 de Março de 2009

Anónimo disse...

Em relação ao trabalho realizado pelos colegas Alberto e Dorinda sobre a Liberdade está belíssimo e muito bem elaborado, gosto muito dos poemas.A capa do trabalho está muito bonita,recorda o 25 de Abril,acontecimento muito importante,tanto para mim como para a minha família,derivado ao bem-estar que nos dá e nos permite ter.Ah!Parabéns aos dois.
Teresa de Castro EFA-4

Anónimo disse...

Gostei de realizar o trabalho cujo tema é a fraternidade,pois tinha uma ideia diferente sobre este conceito.Fiquei a saber que solidaredade e caridade são valores não associados à fraternidade,mas sim a dignidade entre os homens valor este muito importante nas relações entre povos de culturas e crenças distintas.
Teresa de CASTRO EFA-4